Espetáculos


PARTICULAR (2012)
Foto - Felipe Machado

São lembranças, angustias, pesadelos, sonhos, passagens. O corpo é a confluência de diferentes e usuais estímulos, capaz de traduzir o mais silencioso sentimento em gesto. Gesto carregado de conflitos. Dizeres. É o reflexo do meu dia, do seu dia, da nossa vida.
É exatamente aquilo que não falamos, é o olhar de lado, o silêncio do abraço demorado, do beijo não dado, da cama não dormida. O meu corpo é meu, somente meu. Lugar onde guardo meus encantos, medos e lembranças, É o meu mundo, meu refugio, é o meu particular.

 

REVERSO (2009)
Foto - Lídia Marques

Uma estrada é um simples caminho que leva a algum lugar. ela separa, divide a terra em dois lados: norte e sul ou leste e oeste. Para os viajantes que saúdam o nascimento do sol ou para aqueles que saboreiam o sol se pôr e vêem a lua nascer, tudo é sublime. A força da natureza faz brotar a energia que conduz a vida. Mas, as imagnes são múltiplas, ora maravilhosamente fantásticas, ora melancolicamente tristes. Tudo passa como um turbilhão de flashes. É o chão rachado, a seca, a chuva, uma procissão (ou um funeral?) As águas do rio correndo em direção ao mar. As lavadeiras, os pescadores, as crianças brincando por entre as pedras. Tudo é divino, porém nem tudo é maravilhoso nessa luta pela sobrevivência.

Os corpos torcem e retorcem, construindo os seus versos. A polifonia dos sons invade a passagem, permitindo que a solidão tenha companhia sagrda da sombra. A vida é desvendada ano nascer de cada dia. E assim, sultilmente, os passod seguem o traçado do destino, arquitetando o mosaico da cena, agora exposta aos olhos.

Este espetáculo foi contemplado com o PRÊMIO FUNARTE DE DANÇA KLAUSS VIANNA 2008, com o patrocínio da Petrobrás e realização da Fundação Nacional de Artes (FUNARTE) e Ministério da Cultura

 

MULTIPLETO(2008)
Foto - Vanessa Sandes
 
Usando a física como ponto inicial para a estrutura da coreografia, “Multipleto” significa “linha aspectral constituída por diversas radiações de comprimento de onda muito próximas.”

Tomando como base estas ondas muito próximas os bailarinos foram criando tramas e intenções sobre os relacionamentos humanos e como este se comportam dentro destes relacionamentos.

Foram construídos vários segmentos coreográficos com tempos e intensidades diferentes através da troca incessante de conhecimentos adquiridos pelo convívio do grupo, levando-se a combinações de solos, duos, trios e grupos.

Cada segmento deste reflete os sentimentos, como a desilusão, a lembrança, a solidão e a amizade, que agrupados resultam num jogo de palavras de um ser múltiplo e completo, “Multipleto”

 

BRINCANDO (2007)
Foto - Fabiana Costa

A Coreografia busca ultrapassar as fronteiras estabelecidas pelas “doenças do espírito contemporâneo”, as quais impossibilitam o optar por viver intensamente os mínimos e intensos detalhes da vida, procurando demonstrar através dos movimentos o verdadeiro gosto de ser feliz.

A coreografia tenta resgatar a simplicidade do Ser “ser criança”, através de lembranças, imaginações e pequenas travessuras. Brincadeiras e jogos também pontuam a divertida e colorida viagem ao mundo infantil, onde tudo é possível e qualquer desafio é motivo de sorrisos e felicidade.

Para a construção da obra, os bailarinos mergulharam no universo infantil, buscando seus jogos e brincadeiras, observações do cotidiano das crianças e trazendo suas marcas e lembranças.

Outro ponto de referência para a concepção espetáculo é uma poesia de Gilberto dos Reis intitulada “Ser criança”:

“Ser criança é acreditar que tudo é possível.
É ser inesquecivelmente feliz com muito pouco
É se tornar gigante diante de gigantescos pequenos obstáculos
Ser criança é fazer amigos antes mesmo de saber o nome deles.
É conseguir perdoar muito mais fácil do que brigar.
Ser criança é ter o dia mais feliz da vida, todos os dias.
Ser criança é o que a gente nunca deveria deixar de ser.”